Brasil terá sua própria vacina contra vírus monkeypox

Segundo os cientistas, as doses do imunizante nacional poderão proteger não só contra a monkeypox, mas também contra a varíola humana, erradicada mundialmente em 1980, além da bovina. Os estudos terão como base duas amostras do chamado “vírus-semente” doadas pelo Instituto Nacional de Saúde (INS), dos Estados Unidos, ao Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da UFMG. O trabalho é realizado em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).



Com mais de 5 mil casos da doença registrados, o Brasil é o terceiro país com mais infecções pela monkeypox no mundo. Numa medida emergencial, o Ministério da Saúde anunciou em julho a importação de 50 mil doses da vacina produzida pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, via Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que serão utilizados por profissionais da área da saúde.

Na avaliação dos pesquisadores, o processo para desenvolver a vacina contra varíola dos macacos deve ser mais célere que o do imunizante contra a Covid-19, uma vez que o vírus já era conhecido. O Vaccinia ankara Modificado (MVA) — presente no vírus-semente — foi desenvolvido em 1976 na Alemanha e então utilizado como base para vacinas aplicadas contra varíola humana na Europa durante a reta final da erradicação, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1980.

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