O fim do Alzheimer

 Alzheimer é a principal causa de demência. Pode prejudicar todas as qualidades essenciais que tornam um ser humano único: pensamento, julgamento, linguagem, memória, emoções. Mudanças no estilo de vida podem diminuir suas chances de contrair Alzheimer, e alguns medicamentos podem controlar seus sintomas.


No entanto, à medida que entendemos melhor como as memórias são formadas e por que esse intrincado sistema dá errado, alguns cientistas esperançosos dizem que esse dia está se aproximando de maneira tentadora.

Dois avanços médicos recentes mantêm a esperança de que a perda de memória, como doenças cardíacas, possa algum dia ser detectada e tratada precocemente e de forma acessível.

Quanto aos que já estão nas garras do esquecimento, os cientistas estão testando tudo, desde exercícios e suplementos nutricionais até estimuladores cerebrais implantáveis ​​para trazer de volta a função perdida e restaurar o cache de memórias.

Muitas pessoas assumem que a memória é armazenada em um único lugar, assim como o dinheiro em um cofre de banco. Na verdade, você evoca as visões, sons, cheiros e sentimentos do passado quando os neurônios disparam em coordenação em diferentes regiões do seu cérebro.

Sinais elétricos e químicos ligam essas células por meio de uma arquitetura complexa de conexões sinápticas. Quando você vai relembrar aquela memória, aquela rede original estala com vida novamente.

O hipocampo é essencial para converter o que de outra forma seriam experiências fugazes em memórias de longo prazo armazenadas nas regiões que processaram a experiência inicial via consolidação. Como o lar da maior parte de nossas células de lugar e células de tempo, o hipocampo empresta contexto temporal e espacial a essas memórias.

Pesquisas sugerem que até 2 décadas antes do surgimento dos sintomas, proteínas mal dobradas chamadas placas amilóides começam a se formar entre as células nervosas, obstruindo a rede. Em seguida, vêm aglomerados semelhantes a bolas de pelo chamados agregados de tau, que emergem dentro e ao redor dos neurônios, estrangulando-os. À medida que as células imunológicas do cérebro, chamadas células microgliais, montam uma resposta ao que veem como uma ameaça interna, o cérebro fica inflamado, as células morrem e o dano real começa.  

Algumas startups em todo o país estão explorando medicamentos que podem ter como alvo outras raízes em estágio avançado da doença de Alzheimer. Um deles, AZTherapies (Tanzi é um investidor), está experimentando um medicamento para asma inalável e reaproveitado chamado cromoglicato, especialmente formulado para atravessar o cérebro para conter a inflamação.

Outros projetos em estágio inicial estão explorando tudo, desde terapia com células-tronco a suplementos nutricionais (incluindo ribosídeo de nicotinamida, uma forma de vitamina B3) para impulsionar a neurogênese, ou formação de novas células, em regiões do hipocampo onde as células já morreram. 

Estudos humanos recentes mostraram que a técnica promove a neuroplasticidade, a capacidade do cérebro de formar e reorganizar novas conexões entre as células cerebrais. Pelo menos um estudo em animais mostrou que pode realmente promover a neurogênese, ou o crescimento de novas células no hipocampo. E em pessoas saudáveis ​​sem perda de memória, foi demonstrado que melhora algumas medidas de recordação. 

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem